Controle da broca da cana: o que o produtor deve saber 18.11.2019
A broca da cana-de-açúcar (Diatraea saccharalis) é uma mariposa presente em quase todas as regiões do Brasil — responsável por causar grandes prejuízos à cultura.
Quando o plantio é comprometido, os primeiros sintomas ocorrem aproximadamente a partir dos 90 dias após a plantação.
Uma vez que esses sintomas aparecem, a cana está na fase de broto e com as folhas secas.
O inseto mata as células responsáveis pelo crescimento e multiplicação da cana, em síntese, seu processo de crescimento é interrompido. É por isso que a planta seca e morre.
A broca é muito conhecida pelos danos causados à lavoura. Em algumas vezes, a cana-de-açúcar pode não morrer, mas os prejuízos são causados do mesmo jeito. Por causa deste inseto, podemos ter a redução do caldo, enraizamento aéreo, brotação lateral, secamento dos ponteiros, entre outros problemas.
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) estima que essa praga está presente em 2,9% em toneladas de cana por hectare, sendo 3,3% na sacarose aparente (POL da cana) para cada 1% de infestação. Por consequência, o instituto estima que cerca de R$ 5 bilhões por ano são perdidos no Brasil devido a essa praga.
Eventualmente, a broca da cana-de-açúcar compromete a produção de lavouras. E, em climas quentes e com pouca chuva, a proliferação dessa praga é ainda maior.
Controle biológico
Cada vez mais o controle biológico para combater esse tipo de praga tem sido aceito por produtores. Em resumo, o controle biológico acontece quando usamos um organismo vivo para regular a população de outro organismo vivo que esteja causando danos à lavoura.
O ciclo da broca da cana-de-açúcar
As larvas botadas pela mariposa-mãe saem das folhas e procuram abrigo dentro da cana — o que torna sua localização uma tarefa difícil,mas, para o controle biológico, cada vez mais produtores estão adotando o uso de uma vespinha (Cotesia flavipes).
A vespinha consegue localizar a broca a partir do cheiro de suas fezes, liberadas no interior do colmo da planta. Dessa maneira, é capaz de paralisá-la.
Dica para a amostragem
Alguns produtores orientam que a amostragem deve ser feita a partir de dois pontos por hectare. Geralmente, a planta atacada possui sintoma de “coração morto”. Desse modo, para tomar a decisão do controle biológico, orienta-se que os valores devem ser extrapolados de mais de um hectare.
Fonte: Centro Canagro