Material rodante: cuidados preventivos evitam perdas produtivas 15.01.2018
O material rodante representa até 50% dos custos com a manutenção de uma frota e exige cuidados para sua preservação.
Sua esteira, é constituída de ferro bruto, fazendo com que seus usuários sempre apostem em sua resistência, muitas vezes expondo-o ao trabalho severo.
Porém, assim como uma estrada, todas as situações precisam estar em excelentes condições, minimizando assim os desgastes naturais e com isso evitar a quebra que torna o equipamento indisponível.
Assim, como em um veículo, as recomendações de fabrica precisam ser seguidas e elas são constituídas por uma série de especificações que são prescritas pelos seus fabricantes.
Por exemplo, a regulagem das esteiras deve ter uma folga e isso está pré-estipulado quando deve acontecer em seu manual.
Tanto para máquinas com rolete superior como para máquinas sem ele e os usuário tem de estar sempre atentos para o giro das esteiras nas paradas para manutenção preventiva.
Nos trabalhos sobre terrenos rochosos, o desgaste ocorre nas sapatas, nos pinos e nas buchas, que sofrem impactos e quebras de pinos e elos.
Já nas regiões que o trator atua em areia molhada, a parte de baixo da esteira fica submersa e a roda motriz arrasta esse material abrasivo em excesso.
Nos serviços que o trator realiza dentro da lama, as pedras que atingem as esteiras causam pequenos acidentes que o operador não vê e nem percebe. Nela entram pedras grandes que quebram as sapatas, os pinos, as buchas e as molas tensoras. Para essas operações, a orientação é de que haja acompanhamento técnico para identificar as avarias, avaliar sua gravidade e corrigi-las assim que for possível.
Já os tratores, possuem uma vida útil bem mais reduzida do que as escavadeiras, por trabalharem com maior movimento do rodante. Para esses equipamentos, as esteiras lubrificadas são as mais indicadas.
No caso das escavadeiras, o mercado hoje em dia está voltado à utilização de esteiras engraxadas porque o resultado é melhor e dão giro de pino e bucha com maior número de horas.
Quando não é feito o giro de pino e de bucha, a esteira é retirada quando seu uso atinge 7.000 horas. Para garantir 4.000 horas a mais de vida útil do componente, o giro é necessário por volta das 5.000 a 6.000 horas trabalhadas, operação resultante em 30% de ganho produtivo.
Prevenir evita perdas de produtividade e substituição de máquina no canteiro. A recomendação dos dealers é a boa conservação do material rodante, com inspeção e manutenção periódicas.
O uso de solda na recuperação de componentes é uma prática condenada pelos fabricantes. A solda possui uma dureza superior a original da peça, que foi fabricada com tecnologia, especificações e tratamentos superficiais concebidos para dar ao material rodante um melhor desempenho.
Desgastes Operacionais estão relacionados aos maus hábitos de operação somados à falta de manutenção e giro podem ser considerados os principais itens para a redução de vida útil do rodante.
Esses erros geralmente ocorrem em nome de uma irracional busca por produtividade e o acumulo de material pedras, cascalho, terra, lama e vegetação também causa o travamento dos roletes.
Para essas operações é inspecionar cuidadosamente a esteira ao final do turno e proceder a uma boa limpeza, se o acúmulo de material for grande o resultado dos impactos são normalmente trincas nos elos, nas sapatas e nas buchas. Os manuais recomendam momento para a troca de peças, mas ela vai depender dos fatores relacionados ao histórico de cada máquina.
Um mesmo modelo de equipamento poderá ter uma quantidade de horas diferente para substituição, de acordo com a atividade que desempenha.
Equilíbrio e alinhamento são dois pontos que existem atenção durante as operações e o equipamento deve estar sempre bem assentado ao solo durante a operação. Caso seja acoplada nele alguma ferramenta, é recomendável que se utilize um contrapeso no lado oposto.
Fonte: Portal dos Equipamentos.